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Há informações circulando nos grandes jornais, inclusive uma reportagem da revista Exame, de que a companhia Playboy, famosa por suas publicações voltadas para o público masculino, deixe o ramo de revista impressa. A empresa passaria a se dedicar apenas a negócios do mundo do entretenimento, como cassinos e discotecas, além de ampliar a oferta de produtos e serviços licenciados.

De acordo com Ben Kohn, sócio da empresa do acionista da Playboy,  Rizvi Traverse, o interesse é em concentrar na marca, que é muito mais do que a publicação. A mudança de foco surgiu após a morte do fundador da empresa, Hugh Hefner, que ocorreu em 2017. O contrato firmado entre Rizvi e Hefner dava obrigatoriedade à continuidade da revista apenas enquanto Hugh estivesse vivo. Portanto, nada impede o término da revista.

A ideia é que a Playboy tenha um período de transição, deixando de ser uma companhia de mídia para atuar no gerenciamento da marca. É notável que tenha ocorrido grande queda nas vendas da publicação, já que hoje em dia o formato de mídia impressa já não tem grande destaque como em 1953, ano de criação da revista.

E como o público masculino está bastante vinculado ao mundo dos jogos e diversão, a ideia de expandir a marca para o mundo dos cassinos é bastante conveniente. É claro que, pelo menos por enquanto, não há chances de que uma casa de apostas da Playboy seja inaugurada no Brasil.

Afinal, a lei proíbe a criação de cassinos em todo o território nacional. Por enquanto, apenas os sites de apostas podem ser utilizados pelos brasileiros, desde que tenham sede no exterior. Frequentemente noticiamos ações da polícia contra o jogo clandestino, como a prisão de pessoas suspeitas de promover o Jogo do Bicho.

Por outro lado, quem sabe a empresa tenha interesse em investir não apenas em cassinos físicos, mas também em versões online? Poderia ser um concorrente de peso para um dos mais populares cassinos, o 888casino Brasil. Aliás, a marca de revistas já possui um jogo de caça-níquel Playboy, basta criar novos games.

E no ramo de cassino ao vivo, a empresa tinha mesas com crupiês coelhinhas. Portanto, não é de hoje que a companhia oferece alternativas de entretenimento além da mídia impressa. No México, já existiu um cassino da Playboy, mas hoje encontra-se fechado.

Fatos marcantes sobre a revista Playboy

A publicação direcionada ao público masculino foi pioneira na exibição de fotos com mulheres nuas. A edição número 1 teve a atriz Marilyn Monroe na capa, causando enorme furor na época. As imagens não foram feitas exclusivamente para a revista. Na verdade, foram tiradas em 1948, para um calendário. Hefner simplesmente adquiriu os direitos autorais.

Durante seu auge, na década de 70, ela chegou a vender 5,6 milhões de exemplares, caindo para 800 mil em 2016. Em razão da queda das vendas, a publicação perdeu relevância cultural e valor comercial.

No Brasil, a versão nacional foi lançada em 1975, permanecendo em circulação até 2016, pela editora Abril. Depois, teve seu conteúdo repaginado pela editora PBB Entertainment.

O coelhinho ícone da Playboy, com gravata borboleta, seria usado como ponto final para as matérias. Mas, os diretores perceberam que o ícone deveria ter mais destaque e atribuíram a imagem à marca. Hoje em dia, diversos produtos com o símbolo são comercializados, como isqueiros, camisas e outros objetos.

No lançamento, em razão da censura do período da ditadura militar, o nome foi alterado para Revista do Homem. O conteúdo era submetido aos censores de Brasília todos os meses, para que houvesse permissão antes dos exemplares serem impressos.

A edição brasileira com maior vendagem foi a da modelo Joana Prado, a Feiticeira, de 1999. Ao todo, foram vendidas 1,2 milhão de cópias.

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