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Um terceiro suspeito ainda está foragido, segundo informações da Polícia Civil. Dupla detida fugiria para o Rio de Janeiro, mas acabou interceptada antes de colocar o plano em prática.

Os dois suspeitos de enterrarem viva uma mulher em uma gaveta mortuária no Cemitério Municipal de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira, responderão pode crime hediondo.

A informação foi divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais na tarde desta terça-feira (4), durante entrevista coletiva realizada em Ubá.

O que a polícia disse na coletiva:

A dupla foi presa no sábado, nos municípios vizinhos de São Geraldo e Viçosa. A informação, porém, foi divulgada nesta terça-feira (4); Os homens planejavam ir para o estado do Rio de Janeiro, mas foram interceptados antes de colocar o plano em prática; O mandado de prisão temporária dos homens terá duração de 30 dias; Eles responderão por crime hediondo; Devido ao estado de saúde da mulher, ainda internada na UTI, a polícia ainda aguarda para fazer o depoimento oficial; O companheiro da vítima, que teria fugido, também é investigado.

A dupla foi presa nos municípios vizinhos de São Geraldo e Viçosa. A suspeita é de que os rapazes, de 20 e 22 anos, iriam para uma favela no estado do Rio de Janeiro, mas acabaram capturados antes de colocar o plano em prática.

Eles teriam envolvimento em crimes relacionados a tráfico de drogas e porte ilegal de armas de fogo. Um terceiro indivíduo foi identificado e está foragido.

Requintes de crueldade

Conforme o delegado Diego Candian, da Regional da Ubá, o crime chama atenção pelos requintes de crueldades. A motivação seria vingança após drogas e armas terem ‘extraviado’. Eles responderão por tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe.

Os dois jovens presos são conhecidos do meio policial, com envolvimento em crimes relacionados a corrupção de menores, tráfico de drogas e porte ilegal de armas de fogo.

“Eles são conhecidos pela polícia pois, quando eram adolescentes, têm diversas passagens. Eles estão à disposição da Justiça”, informou Candian. Conforme o delegado, o pedido de prisão temporária terá duração de 30 dias.

Já o delegado Douglas Moto informou que rastreamento teria partido através de informações de populares. A dupla foi localizada em um veículo, próximo ao trevo de Visconde do Rio Branco, com outras quatro pessoas, no sábado (1º). A detenção, no entanto, só foi anunciada nesta terça-feira (4).

Segundo ele, a corporação segue em busca do terceiro suspeito. “Ainda tem um indivíduo que encontra-se foragido. Estamos trabalhando de forma incessante para poder localizar esse indivíduo e tão logo efetuar a prisão e, aí sim, deixá-los à disposição da Justiça”.

Flávia Murta, chefe do 4° Departamento de Polícia Civil, diz que existe a possibilidade do crime também ser tipificado como tentativa de feminicídio.

“Existe essa linha de investigação, porque o feminicídio se refere não só às relações domésticas, mas também ao menosprezo da mulher, quando a mulher é colocada como um ser objetificado. Então, existe essa possibilidade”. Sobre as informações a respeito do companheiro da vítima, que também estaria na casa no dia, a delegada ainda não consegue esclarecer se ele teria envolvimento no crime.

“Esta pessoa está sendo investigada. Não temos ainda uma informação oficial, mas está sendo investigada sobre a participação e a responsabilidade. As investigações ainda estão prematuras”, reforçou.

Situação da vítima

A delegada Flávia Murta informou que os policiais estiveram no hospital para entrevista da vítima. A mulher, no entanto, ainda não foi ouvida formalmente, devido ao estado de saúde que se encontra, o que impede que seja feito um depoimento oficial. A corporação aguarda recuperação da paciente para que ela seja ouvida.

Na atualização mais recente sobre o estado de saúde dela, o médico Henrique Slaib, diretor geral do Hospital São João Batista e cirurgião assistente da paciente, disse que há risco de amputação de um dos dedos da mão. Ela passou bem a terça-feira (4) e continua na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sem previsão de alta.

O crime foi descoberto na manhã da terça-feira (28) depois que coveiros do Cemitério Municipal chegaram para trabalhar e encontraram marcas de sangue e a gaveta mortuária ainda com cimento fresco. Os funcionários escutaram pedido de socorro e acionaram a Polícia Militar (PM).

A mulher foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, desde então, está sob cuidados no Hospital São João Batista.

O Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) da Polícia Militar (PM) indica que a vítima teria guardado entorpecentes para dois homens, e que o material havia sido extraviado. Ao saberem do fato, a dupla foi até a casa dela e começou a agredi-la. O companheiro da mulher, que também estava na residência, conseguiu fugir.

FONTE: G1/ PCMG

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