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Policiais civis do 4º Departamento também apreenderam veículos, armas de fogo, entre outros materiais. Nove suspeitos foram presos. Após investigação, foram indiciadas quase 50 pessoas suspeitas de integrarem grupo criminoso.

Mais de R$600 mil, três armas de fogo, dois veículos, três quilos de maconha, 42 sacolas contendo pedras preciosas e nove presos, esse foi o saldo da terceira fase da operação “Marcos, 4:22”, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais, visando desarticular um grupo criminoso suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas e com crimes patrimoniais, na Zona da Mata mineira.

Na manhã desta quarta-feira (31/3), uma força-tarefa composta por mais de 40 policiais civis do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão nas cidades de Juiz de Fora, Muriaé, Leopoldina, Pirapetinga, Divino, Carangola, Fervedouro, Espera Feliz e Patrocínio do Muriaé. A operação teve início na noite de terça-feira (30/3) e resultou na prisão preventiva de um homem de 46 anos, suspeito de ser o líder do grupo, no município de Juiz de Fora. Além disso, foram cumpridos três mandados de prisão temporária e efetuadas cinco prisões em flagrante.

Na ação de hoje, os agentes – sob a coordenação dos delegados Rômulo de Freitas Segantini, Cristiano Silva de Almeida, Tayrony Espíndola, Diego Mattos de Vilhena, Flávia Granado e Glaydson de Souza Ferreira – fizeram as buscas por elementos materiais relacionados aos crimes praticados pelo grupo na região a fim de complementar procedimentos apuratórios que estão em andamento nas Delegacias de Polícia Civil em Divino, Muriaé, Cataguases e Pirapetinga.

Para o chefe do 4º Departamento (4º DEPPC), delegado-geral Gustavo Adélio Lara Ferreira, operações como essa resultam de investigações qualificadas. “Podem se estender em meses de apurações, em virtude de suas complexidades, mas geram resultados positivos e de grande impacto na vida dos cidadãos de bem”, finalizou.

Investigações

Segundo o delegado Rômulo de Freitas Segantini, no ano passado, quando se iniciaram as investigações, também foi montada uma força-tarefa formada por policiais das delegacias em Divino e em Fervedouro, com apoio do serviço de inteligência da Delegacia Regional em Muriaé. Na época, no decorrer das apurações, dois carregamentos de maconha – totalizando quase meia tonelada da droga – foram apreendidos. Um deles foi localizado pela Polícia paulista, no final de maio, e outro no início de junho do último ano, ocasião em que os policiais que participam da investigação abordaram, entre os municípios de Divino e de Fervedouro, os ocupantes de dois veículos que estariam vindo de São Paulo, transportando no interior de um dos carros quase 140 quilos de maconha. “Estima-se que, somente no último ano, a organização criminosa tenha movimentado mais de duas toneladas de drogas”, concluiu.

Operação Marcos, 4:22

Segundo o delegado Rômulo de Freitas Segantini, “o nome da operação faz alusão à passagem bíblica do evangelho, segundo Marcos Evangelista, que em seu capítulo 4, versículo 22, afirma que nada há de oculto que não venha a ser revelado, e nada em segredo que não seja trazido a luz do dia”, explica, complementando que a PCMG conseguiu esclarecer um complexo esquema de tráfico de drogas que existia há anos no município de Divino e na região, com ramificações em outros estados. Quase 50 suspeitos já foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o mesmo crime, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em agosto, na primeira fase, a PCMG desmantelou a organização criminosa. Desde o início das investigações, mais de 30 pessoas foram detidas e Além disso, cerca de 30 veículos e quase R$ 100 mil foram apreendidos, bem como outros materiais de interesse investigativo.

Em outubro do ano passado ocorreu a segunda etapa da ação, no estado do Espírito Santo, onde dois advogados foram presos, suspeitos de participação nos crimes. Na época, a manobra foi uma junção da operação Marcos 4:22, da Polícia Civil de Minas Gerais, com a operação Vade Mecum, da Polícia Civil do Espírito Santo, após intercâmbio de informações entre as polícias mineira e capixaba.

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