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Sistema estadual facilita o bloqueio de aparelhos furtados ou roubados e contribui para redução desses crimes

Com mais de três anos e meio de operação, a Central de Bloqueio de Celulares do Estado de Minas Gerais (Cbloc), criada em julho de 2018, já inutilizou 32.322 aparelhos furtados ou roubados. O bloqueio contribui para a redução dos crimes, diminuindo o valor destes produtos na comercialização no mercado.

Segundo os dados do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), compilados a partir dos Registros de Eventos de Defesa Social (Reds) no mesmo período, há uma queda significativa nos índices de furto e roubo desses aparelhos em Minas.

Resultado de um esforço conjunto das forças de segurança, em 2018 foram registradas 42.786 ocorrências com roubo de celulares. Já em 2021, o montante caiu para 13.186 – uma redução de 69,1%. Os furtos foram de 56.348 para 34.427 (-38,9%).

Na capital não foi diferente. Em 2018, Belo Horizonte teve 15.332 registros de roubo e 18.289 de furto, contra 4.690 (-69,4%) e 12.798 (-30,02%). Os índices foram reduzindo gradativamente ao longo dos últimos três anos.

Agilidade

A iniciativa desburocratiza o processo de bloqueio de celulares, já que a Cbloc pode ser utilizada por qualquer cidadão que tenha sofrido este tipo de delito em Minas Gerais. Os aparelhos são desabilitados após o registro da ocorrência, de forma gratuita e fácil.

Para bloquear o celular e proteger dados pessoais como fotos ou caminhos de GPS salvos, a pessoa só precisa do número da linha, e não mais do Imei – identificação internacional do equipamento móvel. A função impede que quem cometeu o crime possa ativar o aparelho para uso na rede de telefonia móvel.

O sistema on-line da Cbloc está hospedado no site da Sejusp. O cidadão também pode fazer a solicitação de bloqueio pelo endereço http://cbloc.seguranca.mg.gov.br, com o Reds – antigo boletim de ocorrência – em mãos. Em poucos cliques, informando apenas o número de telefone ou o código Imei do aparelho e alguns dados pessoais.

Até o lançamento da plataforma, só era possível bloquear um telefone em parceria com a Anatel fornecendo o número do Imei. Muitas vezes a vítima já não tinha mais acesso ao código por não ter anotado e não conseguir mais consultar no aparelho que foi roubado ou furtado.

As seis cidades mineiras com mais solicitações de bloqueio são Belo Horizonte, Uberlândia, Nova Serrana, Patos de Minas, Uberaba e Ipatinga.

A participação social é fundamental para o sucesso do projeto, como destaca o assessor-chefe da Superintendência de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Flávio Xavier. Ele lembra que a central funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Qualquer dúvida ou dificuldade que o usuário tenha sobre o serviço pode ser sanada por meio do telefone 0800 283 0190.

“Importante ressaltar, também, que os celulares que ainda não foram vendidos para os consumidores  podem ser bloqueados por lojistas e transportadores que, eventualmente, sejam vítimas de furto ou roubo”, reforça o assessor.

Caso as forças de segurança recuperem os aparelhos roubados ou furtados, elas entrarão em contato com o proprietário. Ele, então, deve se dirigir à unidade policial informada para retirar o celular, mediante preenchimento do Termo de Restituição. A autoridade será responsável, por meio de sistema próprio, pelo pedido de desbloqueio via Anatel.

Foto: Divulgação / Sejusp

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