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O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (28) o aporte de R$ 30 milhões para ações de combate ao novo coronavírus (Covid-19). Desse montante, R$ 14 milhões serão usados em uma campanha informativa que contará com uma cartilha digital e impressa, além de duas semanas de inserções em rádio e TV. O restante do dinheiro será investido nos serviços de saúde para garantir o atendimento aos doentes.

A campanha televisiva deve começar a ser veiculada na próxima terça-feira (3). Os informes serão apresentados pelo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, infectologista David Uip.

Casos suspeitos

O único caso confirmado de coronavírus no país foi diagnosticado na capital paulista, em um homem, de 61 anos de idade, que esteve em viagem à Itália. Segundo o balanço divulgado hoje (28) pelo governo paulista, atualmente existem 66 casos suspeitos no estado. Até então eram 85, mas 37 foram descartados e 18 novos pacientes que podem estar infectados com o vírus foram identificados.

Entre os casos que os exames laboratoriais confirmaram que as pessoas não estavam com coronavírus estão três parentes do empresário que ficou doente na Itália. Ao retornar ao país, o homem reuniu 30 familiares em um almoço, que passaram a ser monitorados.

Corrida aos hospitais

David Uip reafirmou a importância de evitar uma corrida desnecessária aos serviços de saúde. O médico enfatizou que as pessoas só devem ir às unidades de atenção básica caso haja persistência dos sintomas. “Paciente com poucos sintomas têm que ficar em casa, não têm que procurar serviço de saúde. Tossiu, espirrou, tem febrinha, fica em casa”.

“Quando ele deve procurar o serviço de saúde? Quando ele tiver um desconforto maior. A febre voltou, se prolongou por mais de 48 horas”, explicou o médico.

Devem ter atenção especial, segundo o especialista, idosos com mais de 60 anos de idade, pessoas em tratamento contra o câncer, com doenças renais, cardiovasculares ou diabetes.

O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus também disse que não acredita na eficácia de medidas como quarentena ou bloqueio sanitário nos aeroportos. “Não há possibilidade de evitar a entrada de um vírus desse. Você minimiza o que vai acontecer, você se prepara e contigencia”, disse. De acordo com ele, o tempo de incubação do vírus, que pode permanecer até 14 dias no corpo do paciente sem apresentar sintomas, torna medidas como a quarentena pouco eficaz.

Agência Brasil

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