Compatilhe esta publicação: Twitter Facebook Google+

86cb1914-dbd6-47f9-8e2f-b94ce4971a22 O Prefeito Ângelo Chequer enviou à Câmara de na semana passada, o Projeto de Lei 003/2015 que cria os cargos de instrutor de Língua Portuguesa de Sinais a nível superior para profissionais em Pedagogia e cursos de libras (2 vagas); e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, comm exigência de curso médio completo e curso de libras (5 vagas).

O objetivo da proposta é o de levar às escolas e à Secretaria de Educação profissionais que coordenem o oferecimento decurso e assistência aos aluno com deficiência auditiva,pais, professores e servidores que diretamente lidam com os surdos. E, ainda,intérpretes que acompanharão diretamente a rotina escolar do aluno e seu relacionamento com professores e colegas, promovendo a inclusão do aluno com a escola.

Além de atender à determinação do Decreto Federal nº 5626/2005, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais-Libras, a iniciativa vem a encontro da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96) que assegura à criança deficiente física, sensorial e mental o direito de estudar em classes regulares.

Antes de enviar o Projeto à Câmara, o Prefeito reuniu-se em seu gabinete, no último dia 23, com o representante da Associação dos Surdos de Ponte Nova e Região, Eduardo Andrade Gomes, e com a pedagoga voluntária que assessora projetos com crianças surdas no Município, Márcia Fernandes Quintão da Silva, para tratar do assunto. Também presentes na reunião, a Secretária de Educação, Melide Paoli Lopes Moreira, e o  Procurador da Área de Educação do Município, Jesus Mensivar Nieto.

 

 

SURDO, SIM. MUDO, NÃO!

 

No endereço http://jeitosdesereconviver.blogspot.com.br/, contém informações que esclarecem antigo conceito sobre surdo-mudo. O texto esclarece seguinte:

“Há algum tempo que o termo surdo-mudo já não figura mais no vocabulário dos surdos e profissionais que trabalham com a surdez, nos nomes das instituições ou em documentos oficiais. Mesmo assim, ele ainda aparece na linguagem corrente e é empregado por muitas pessoas pra se referir aos surdos. veja aqui três razões pelas quais não devemos chamar os surdos de mudos.

A primeira delas se sustenta no aspecto orgânico, ou, anatomo-fisiológico. O surdo, na maioria dos casos, não tem nenhum problema no aparelho fonoarticulatório ou a nível cerebral que o impeça de falar.  O que acontece é que a fala se aprende, salvo por meio de tratamento específico, na medida em que vamos escutando as pessoas falando ao nosso redor. Como, pela falta da escuta, o surdo não aprende a falar de forma espontânea, por muito tempo acreditou-se que eles fossem também mudos, daí a designação surdo-mudo que persiste até hoje em muitos idiomas. Na verdade, mesmo em algumas línguas de sinais, o sinal de surdo ainda remonta a esse antigo termo. É o caso da LIBRAS, por exemplo, em que o sinal de surdo consiste em colocar o dedo indicador na orelha e depois na boca, fazendo referência tanto ao não ouvir quanto ao não falar.

A segunda razão se liga à grande variedade de condições que são agrupadas sobre o termo surdo. Muitos surdos perdem a audição após a aquisição da linguagem oral, são os surdos pós-linguais. Para eles, de modo geral, a língua oral continua sendo sua principal forma de expressão. Além disso, muitos surdos, mesmo pré-linguais, aprendem a falar por meio de tratamento fonoaudiológico e com a ajuda de aparelhos auditivos e implantes cocleares. Portanto, os surdos que falam são cada vez mais numerosos.

A última razão, embora essas três não sejam as únicas, se relaciona ao sentido simbólico da mudez, ou seja, à relação entre a designação mudo e a ideia de não expressão. Também nesse sentido, os surdos não são mudos. Os surdos se expressam e o fazem de várias maneiras, seja por meio da língua sinais, seja falando, seja pela escrita, pela arte, enfim, pelas diversas linguagens das quais dispomos. Há ainda surdos que, mesmo podendo, decidem não falar para manifestar seu desacordo com a oralização, mas mesmo isso não faz deles mudos, já que a própria recusa em falar, nesse caso, é uma expressão em si mesma.

Embora mudar os hábitos de linguagem seja difícil, abandonar essa antiga designação, surdo-mudo, ou ainda termos como mudo ou mudinho, demonstra sensibilidade e respeito às reivindicações dos surdos e atenção às transformações em curso na nossa sociedade”

 

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO PMV

Comentários