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Júlio Delgado, Rodrigo de Castro e Luiz Fernando Faria. Delgado negou vínculo com a empresa

Os deputados federais, Júlio Delgado (PSB), Luiz Fernando Faria (PP) e Rodrigo de Castro (PSDB) são citados na tabela apresentada ao Ministério Público pelo ex-executivo da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior. O documento detalha pagamentos que teriam sido feitos via caixa dois a 179 políticos entre os anos de 2008 e 2014, sem declaração à Justiça Eleitoral.

Por telefone, Júlio Delgado negou qualquer vínculo com a empresa e destacou que não é alvo de nenhuma investigação. O G1 o MGTV entraram em contato com a assessoria de Rodrigo de Castro e aguardam retorno. Luiz Fernando Faria não foi encontrado para comentar o caso.

O Prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (PMDB), também foi citado como beneficiários de repasses na mesma lista. Em nota enviada ao G1, prefeito disse que doações atendem à legislação e que não conhece o delator

Segundo Benedicto, o deputado federal, Júlio Delgado, de Juiz de Fora recebeu repasse de R$ 100 mil, identificado como “zagueiro”. O pagamento foi feito sem intermediários, em 2010, e o motivo apontado também foi “disposição para apresentar emendas/defender projetos no interesse da companhia”.

O parlamentar, Luiz Fernando Faria, de Santos Dumont teria recebido, de acordo com o delator, repasse de R$ 50 mil, também em 2010. Ele é identificado no documento como “Lima” e a justificativa para o pagamento foi o mesmo.

Benedicto Júnior é um dos ex-dirigentes da empreiteira que fecharam acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. As delações foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre 2008 e 2014, há registro de R$ 246 milhões em repasses ilegais só da área de infraestrutura da Odebrecht no Brasil.

Na planilha, constam quatro repasses sem intermediários, totalizando R$ 250 mil, para Rodrigo de Castro, natural de Viçosa, identificado como “Castor”. Três deles foram feitos em 2010, quando ele consta como deputado federal, no valor de R$ 50 mil cada, um deles identificado como complemento. A justificativa foi “disposição para apresentar emendas/defender projetos no interesse da companhia”. O quarto repasse foi feito em 2012, no valor de R$ 100 mil, com o propósito de “pedido de apoio para sua base política”.

O que disse Júlio Delgado

Por telefone, o deputado Júlio Delgado negou qualquer vínculo com a empresa. “Estou muito tranquilo, nunca agi em benefício da Odebrecht para nada. Não fiz nada. Não sei porquê meu nome está nesta tal lista. Não conheço Benedicto Júnior, nunca tive com ele. Não tenho participação na Câmara em comissões que fossem do interesse da empresa e nunca fiz emendas que pudessem beneficiá-la. Em relação à Odebrecht, o Ministro Fachin já ofereceu denúncia contra vários nomes e não apresentou investigação contra mim. Não sou alvo de nenhum inquérito, porque não encontrou elementos para isso”, afirmou.

FONTE: G1

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