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Os dados são da UFV. Os alimentos são os vilões do aumento

 

Hortaliças e legumes mais caros. E não estamos falando só do tomate não. Por causa disso, em Viçosa, nos três primeiros meses do ano a inflação já chega a mais de três e meio porcento. A pesquisa é da Universidade Federal.

Neste hortifruti, de acordo com o gerente, André Bitarães, a venda do tomate caiu 20%. “Os consumidores que vem aqui no mercado ou eles compram uma quantidade menor de tomate ou eles procuram algum substitutos. Posso citar a cenoura, o pimentão, o pepino”.

Mas o tomate não assume sozinho o posto de vilão da vez. Outros itens como batata, cebola, morango, laranja e até a banana estão bem mais caros! “Isso acontece devido à lei da oferta e da demanda. Se eu tenho uma oferta baixa desses produtos no mercado, consequentemente eu tenho a elevação desse preço”, explica o gerente.

Os consumidores buscam estratégias para equilibrar o orçamento com a alta dos preços. A economista doméstica Thaís Maria Freitas aproveita ao máximo o produto com receitas saudáveis e econômicas. “Eu vou citar um exemplo, o brócolis, eu não jogo nada fora dele. Um dia eu faço as flores, no outro dia, as folhas, eu junto com a couve e refogo a couve junto com o brócolis. O outro dia eu pego o talo, corto igual vagem, ponho com ovo. Então, a gente vai aproveitando para não jogar nada fora e fica um preço bom’.

A aposentada Maria Terezinha Lopes comprou menos do que pretendia. “Só o básico mesmo, você não pode comprar uma fruta melhor, uma coisa melhor, se não você extrapola o orçamento”.

É, mas teve até quem, como o aposentado José Muanis, que tomou medidas mais rígidas e cortou alguns itens da cesta básica. “Troca alguns e outros, não compra. É o caso do tomate. Porque eu acho que quem faz a inflação somos nós mesmos”.

Em Viçosa, o índice de inflação do mês de março calculado pelo Departamento de Economia da Universidade Federal foi de 1,6%, superior ao de fevereiro que foi de 0,27%. Com isso, o professor de Economia da UFV, Adriano Provezano, explica que os três primeiros meses já acumulam inflação de 3,66%. “Essa é uma situação muito complicada. Porque quando você aumenta o preço dos alimentos quem sofre é a classe de renda menor”.

Adriano Provezano afirma ainda que além do calor excessivo e da chuva que afetou produção de frutas, legumes e hortaliças o aumento do diesel também influenciou diretamente no aumento dos preços. “O preço dos combustíveis também aumentou. com isso, o frete também aumentou. Então teve uma junção de fatores que é redução da oferta e aumento do preço do frete que elevou o preço para os consumidores”.

Fonte:Megaminas

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