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Para prestarem informações sobre os casos de dengue em Viçosa, a Secretária Municipal de Saúde, Rita Maria Gomide e a Coordenadora do Serviço de Vigilância Epidemiológica, Cláudia Maria Ferreira participaram da reunião ordinária desta terça-feira (16), a convite do Vereador Sérgio Norfino (PSDB), por meio do requerimento de n° 022/2013.

O Vereador Sérgio Norfino pontuou que o seu requerimento tem a intenção de escutar o posicionamento da secretaria de saúde e também ser uma oportunidade dos vereadores fazerem questionamentos. “Esse convite é para um bate papo, no sentido de trazer informações a respeito das demandas, a situação da dengue, medidas de ações que estão sendo implementadas e o que se planeja de ações públicas voltadas para a saúde”.

A Secretária, Rita Gomide ressaltou em sua fala que existe um plano de saúde vigente de 2010 a 2013, em que são cumpridas metas ano a ano. “Ainda, este ano, iremos realizar uma Conferência de Saúde para elaboramos o plano para os próximos quatro anos”.

Ela citou algumas intenções da secretaria de saúde. “Estamos pretendendo reformular o Programa de Saúde da Família (PSF), com um PSF mais atuante, tendo em vista que os nossos não estão funcionando adequadamente. Já estamos com um projeto de construção de quatro Unidades Básica de Saúde (UBS), melhorias na atenção primária, a implantação da UPA e do SAMU. Além da central de marcação de consulta, estamos à procura de um meio que humanize a fila”.

Em seguida, a Coordenadora do Serviço de Vigilância Epidemiológica, Cláudia Maria Ferreira apresentou a situação da dengue.

Claúdia pontuou que a dengue obedece a um padrão sazonal de incidência, coincidindo com o verão, por ser o período chuvoso com temperaturas elevadas, o que contribui para ambientes propícios à proliferação do vetor.

Ela explicou que o Índice de Infestação Predial (IPP) é o indicador para medição de risco e predição da ocorrência de dengue. “No ano de 2013, Viçosa atingiu um IPP de 1,7, o que significa que o município está em situação de alerta. Sendo que a maior preocupação é em alguns bairros em que o índice está altíssimo, apontando risco de surtos, como nos bairros Nova Era, Silvestre e Barrinha”.

A Coordenadora apontou que os principais depósitos de foco do mosquito tem sido latas, vaso de planta, balde, caixa d´água, tambor, bromélia, vaso sanitário e vasilha plástica.

A situação atual em Viçosa, até na terça-feira, dia 16/04 era de 483 o número de notificações, 145 casos confirmados, 289 em investigação e 49 descartados.

Ela salientou que “alguns casos demorar a ser confirmados, pois são encaminhados para Juiz de Fora e o retorno nem sempre é imediato. O resultado é mais importante no sentido epidemiológico do que para o tratamento do paciente, já que a dengue não tem tratamento especifico e sim medidas paliativas”.

Dentre as estratégias da Vigilância Epidemiológica, Claúdia citou a reativação do Comitê de Enfretamento da Dengue; participação em programas de rádio; divulgação dos casos em matérias de jornais; reuniões com outras secretarias da PMV para buscar apoio nas ações de prevenção; bloqueio de transmissão (UBV); reuniões com líderes comunitários para sensibilizar as comunidades a respeito do problema e os mutirões de limpeza nos bairros com maior IIP.

Abaixo segue a tabela com o cronograma dos próximos mutirões:

Datas de realização Bairro Índice de Infestação Número de Imóveis Número de Terrenos Baldios
25 a 27/04 Nova Era 8,6 762 316
0 9 a 11/05 Silvestre 5,9 2520 2039
23 a 25/05 Barrinha 4,6 984 403
6 a 8/06 Ramos 2,3 4395 402
20 a 22/06 Lourdes 0,9 2969 426

 

“A intenção é ir a todos os bairros do município. Iremos fazer um novo cronograma para o segundo semestre. Cada um de nós deve ser um agente de endemias das nossas casas. Se a população assumir para a si a responsabilidade de cuidar do seu entorno, iremos melhorar a nossa situação. Se não eliminarmos o foco, as situações continuaram se repetindo”, finalizou a Coordenadora do Serviço de Vigilância Epidemiológica.

Ao final, os vereadores levantaram diversos questionamentos as convidadas.

 

 

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